Introdução
Segundo o Banco Central, em maio de 2019, o número de pessoas endividadas foi de 44,04%, um crescimento de 2,14% com relação à mesma taxa no ano de 2018, esse mesmo indicador chegou em uma marca de 44,82% em setembro de 2019, esses valores podem ser muitas vezes pode ser reflexo de uma má gestão financeira. Além disso, com as ameaças de crises nacionais e internacionais, o conhecimento sobre finanças pessoais é indispensável para garantir a estabilidade financeira mesmo em momentos difíceis.
Finanças pessoais vai além de investimentos, ela abarca uma série de boas práticas que envolvem todos os setores da renda de uma pessoa.
Nesse post, você entenderá mais sobre o que é finanças pessoais, qual a sua importância e como ela pode ser aplicada.
O que é finanças pessoais?
Existem vários campos na área de finanças, entre elas as finanças corporativas, as quais estudam a relação do patrimônio da empresa, seus bens, formas de financiamento da atividade, suas análises e tomadas de decisão. Já as finanças governamentais cuidam, de semelhante modo, do estudo das contas dos governos.
Dado isso, as finanças pessoais atuam na esfera pessoal, ou seja, as receitas, despesas, bens e dívida de cada indivíduo.
Qual a importância das finanças pessoais?
Assim como as finanças corporativas são importantes para a saúde financeira das empresas, as finanças pessoais também são de extrema importância para a vida das pessoas e a saúde financeira delas.
A base das finanças pessoais é a educação financeira. Segundo Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - entidade que se dedica ao desenvolvimento em questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais - educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro".
Dessa maneira, através da educação financeira é possível se organizar e ter uma boa gestão de seu dinheiro, evitando dívidas e estando preparado para possíveis imprevistos, a fim de garantir sua saúde financeira.
Como aplicá-la na vida?
Os principais tópicos que devem ser levados em consideração no momento do estudo das finanças pessoais são:
- Entendimento do consumo: Saber como se utiliza o dinheiro é algo necessário, pois com isso, tem-se maior informação que possibilita maior tomada de decisões. Uma boa ferramenta para esse assunto é um orçamento, no qual são listadas suas receitas e gastos recorrentes, dessa forma, suas finanças ficam mais fáceis de serem monitoradas. O orçamento pode ser tanto feito com caneta e papel, ou em planilhas de excel, ficando a critério de cada pessoa, pois cada uma pode se organizar de formas diferentes.
- Fundo de emergência: O fundo de emergência é uma peça-chave nas finanças pessoais, pois é um valor significativo que se constitui com a finalidade de suavizar alguma dificuldade ou problema que demande dinheiro, ou seja, é uma quantia separada para imprevistos, como seu nome diz, deve ser usada em caso de emergência. O montante seguro, para quem possui uma renda estável, é de seis vezes o valor dos seus gastos e quem possui renda variável, doze o valor do seus gastos.
- Geração de renda extra: Algo que vale mencionar em finanças pessoais é como obter uma renda extra, além da atividade principal de renda, existem inúmeras oportunidades que vão de “cashback”, parcerias (https://associados.amazon.com.br/), publicação de livros, venda de produtos e investimentos. É importante ressaltar que toda operação tem risco, mesmo que baixos, mas possuem. Um plano mais detalhado necessita uma consultoria financeira personalizada e, quando necessário, um estudo de viabilidade econômica.
- Previdência: Com o envelhecimento médio da população, é natural que se pense mais sobre a aposentadoria. No Brasil, existe a previdência social e também a previdência privada. As duas operam de forma diferente, sendo que a primeira por regime de repartição, no qual o contribuinte paga quem está atualmente recebendo o benefício, e a segunda é pelo regime de capitalização, cujo o pagador é o mesmo de quem irá receber.
Existem dois planos de previdência privada: o Plano Gerador de Benefício Futuro (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Futuro (VGBL). Os dois se diferenciam, basicamente, pela forma de tributação, sendo que o PGBL permite o abatimento de até 12% de renda tributável do Imposto de Renda. Além disso, o PGBL não exime o pagamento da previdência social, além de obrigar o contribuinte a selecionar a opção de declaração completa no momento de declarar o imposto de renda.
Já em relação ao VGBL, a sua principal vantagem é a nomeação de quem poderá usufruir o benefício, não entrando no espólio ou no inventário (caso o contratante do plano venha a falecer) e facilitando a transferência dos direitos envolvidos. DIferentemente do PGBL, o contratante do VGBL não é obrigado a contribuir para a previdência social e pode optar por declarar o imposto de renda utilizando a declaração simplificada.
Conclusão
O conhecimento de finanças pessoais é indispensável nos dias de hoje. Saber como você utiliza seu dinheiro, de onde ele vem e pra onde ele vai, auxilia a atenuar crises e problemas que venha a enfrentar e a utilizar o dinheiro da melhor forma, pois ele é tido como um meio e não um fim em si mesmo.
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