Primeiramente, para que você possa entender melhor sobre as finanças da sua Startup, é fundamental compreender o modelo de negócio no qual ela está inserida.
Ao abrir uma Startup, o dono desta empresa deve ter em mente que inicialmente a empresa tende a não gerar lucro ou grandes fluxos de caixa. Esse modelo de negócio geralmente trabalha em torno de uma questão da sociedade que possa ser simplificada ou resolvida (muitas vezes com ajuda da tecnologia). Dessa forma, até que o desenvolvimento do serviço ou produto da Startup fique pronto, é importante tomar muito cuidado na área financeira, uma vez que a empresa ainda não é autossuficiente.
Bom, agora que já sabemos que uma startup inicialmente não é capaz de se sustentar, surge a seguinte pergunta: como será que ela pode continuar em prejuízo e não falir?
De acordo com a lógica básica da gestão de empresas, se uma empresa der contínuos prejuízos, em determinado momento ela irá à falência. Ao falar de Startups, essa lógica também se aplica e, por isso, é necessário financiamento externo, ou seja, agentes externos interessados acabam “segurando” esses prejuízos pelo interesse nos resultados futuros dessa empresa.
Esses agentes externos podem ser bancos (por meio de empréstimos) ou investidores (por meio de aportes). Em ambos os casos, ao tomar financiamentos desses agentes, esse capital exige uma remuneração futura, seja com juros para o banco ou com a valorização da empresa para os investidores. Por isso é muito importante a preocupação com o melhor uso desse capital, sempre em busca da melhor alocação dentro do projeto.
Depois dessa explicação sobre o modelo de negócio, vejamos alguns pontos importantes para auxiliar no controle das finanças da Startup:
1) Controle do Fluxo de Caixa
Como já sabemos, um fluxo de caixa bem gerenciado é fundamental para a boa gestão de uma empresa. Por isso a importância de registrar todas as entradas e saídas de fluxo de caixa, sem deixar passar nenhuma transação. Essa preocupação da gestão da empresa não somente ajuda na organização como um todo, mas também apresenta transparência aos possíveis financiadores da empresa.
2) Eficiência nos processos
Ao gerir uma Startup, na fase inicial, todos os processos precisam ser muito bem articulados. A ineficiência na operação do projeto tem como consequência a maior necessidade de capital, que sempre exige uma taxa de juros ou um retorno para o investimento. Logo, uma operação eficiente sempre irá ser benéfica para a saúde financeira da empresa.
3) Cuidados com o cenário Macroeconômico
Quando uma Startup deseja captar financiamentos, deve-se buscar sempre as menores taxas de juros do mercado. Essa estratégia visa o menor comprometimento da saúde financeira da empresa. Ao observar o cenário Macro, sempre que for possível, a empresa deve optar por captar financiamentos em ciclos de baixa da taxa básica de juros (Selic, no Brasil).
A explicação para essa dica é bem simples: ao investir em uma Startup, o investidor possui um alto risco e, por isso, exige um alto retorno. Quanto mais alta estiver a taxa de juros básica da economia, maior será o retorno livre de risco do investidor, ou seja, em ciclos de alta da taxa de juros, o investidor irá exigir muito mais retorno em seu investimento.
Conclusão
As Startups por natureza já são vistas como um investimento de alto risco e alto retorno, dito isso, a grande necessidade de uma boa gestão financeira é o mínimo para que o projeto tenha continuidade e segurança durante seu desenvolvimento. Nesse contexto, tenha sempre em mente as 3 dicas abordadas neste blog para que você possa ter sucesso em sua empresa.
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